Muitas igrejas desconhecem a importância de ter canais proprietários por causa da facilidade que as redes sociais proporcionam na hora de interagir com o público e criar conteúdo. Não se pode negar que as redes sociais facilitaram a divulgação de trabalhos ministeriais de forma intuitiva e em escala global, mas elas deixam a desejar em muitos outros aspectos.

Se concentrar sua estratégia de comunicação apenas nas redes sociais, a igreja precisará disputar a atenção do público com uma série de outros perfis, enfrentará dificuldades para estabelecer uma comunicação sem ruídos, não conseguirá ter autonomia sobre a distribuição de conteúdo e ainda poderá ser prejudicada se a plataforma sair do ar. Isso acontece porque as redes sociais pertencem a grandes empresas, e não à igreja.

Por outro lado, com um canal proprietário, a igreja é dona do próprio espaço na internet, e não “inquilina” de proprietários como Mark Zuckerberg, que controla as redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp. Entenda, nas próximas linhas, o que são canais próprios e a importância deles para uma comunicação efetiva na sua igreja. 

O que são canais proprietários? 

Canais de comunicação são meios que a congregação usa para se comunicar com as pessoas, sejam membros ou visitantes. Esses canais podem pertencer à igreja (como sites, aplicativos e lista de e-mails) ou a outras empresas, como é o caso das redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter etc).

Diferente das redes sociais, os canais de comunicação próprios permitem total controle sobre a distribuição do conteúdo (como e a quem ele é entregue). Isso significa que a igreja não precisa se preocupar com fatores externos, como mudanças no algoritmo das redes sociais e instabilidades no servidor dessas plataformas.

Além disso, com um canal proprietário a igreja pode construir sua identidade visual “do zero” no ambiente digital e se apresentar de forma totalmente personalizada. Desta forma, ela se torna facilmente reconhecível e oferece à membresia e aos visitantes a sensação de “estar em casa” também nas interações virtuais.

Quais são os tipos de canais proprietários?

As principais descobertas acontecem online, e a internet é muito vasta para concentrar toda a atuação em um único canal de comunicação. Por isso, a igreja pode – e deve! – marcar presença em mais de um canal. Existem três tipos de canais proprietários nos quais sua igreja pode atuar.

1. Site

Um site é uma página virtual na internet e representa o endereço da sua igreja na rede mundial de computadores. Trocando em miúdos, é como se ele fosse o templo da sua congregação no ambiente virtual. Você pode personalizá-lo conforme a identidade do seu ministério e disponibilizar informações e conteúdos no formato que preferir (texto, áudio, vídeo, imagens, entre outros).

Notebook sobre a mesa, com a tela mostrando wireframe de site. Ao lado, um caderno com anotações
Um site permite personalização e total controle sobre a distribuição do conteúdo. Foto: Reprodução/Freepik

2. Aplicativo

Aplicativos são softwares desenvolvidos para celulares e tablets. Para as igrejas, um ter um app próprio significa aumentar a interação com a membresia, que poderá acompanhar os conteúdos, as novidades e a agenda da igreja a qualquer momento e lugar, direto do smartphone. 

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Assim como os sites, os aplicativos podem ser personalizados conforme a identidade visual da igreja e oferecem funcionalidades como mensagens online, área de doações, bíblia online, inscrições para eventos, transmissão ao vivo do culto, envio de pedidos de oração, entre outros recursos.

Mulher mexendo na tela do celular enquanto a mostra a outra mulher
O aplicativo próprio da congregação torna-se um templo em formato digital. Foto: Reprodução/Pexels

3. Lista de e-mails

A lista de e-mails é uma ferramenta que elenca uma série de endereços e dados da membresia da igreja. Através dessa base de contatos é possível se comunicar com toda a congregação e disparar e-mails conforme o perfil do destinatário.

Por exemplo: se a igreja quer anunciar a abertura do congresso de mulheres, é possível selecionar os endereços de e-mail dos homens e excluí-los da lista de destinatários, fazendo com que restem apenas mulheres. 

É importante esclarecer que, embora o e-mail seja um canal direto e mais próximo do membro, ele fica atrás dos aplicativos e sites quando os assuntos são quantidade de recursos e diversidade de possibilidades de distribuição de conteúdo. Por isso, recomenda-se que a lista de e-mails complemente, e não protagonize, a estratégia de comunicação.

Símbolo da caixa de e-mails com notificação
A lista de e-mails complementa a comunicação com a membresia. Foto: Reprodução/Pexels

Por que minha igreja deve ter canais proprietários?

Canais proprietários são como templos virtuais. Nos aplicativos e sites, a igreja desfruta de controle ilimitado sobre a estrutura da plataforma e a distribuição de conteúdo, agrega valor por meio da segmentação precisa de conteúdo e promove interação direta com a membresia.

São muitas as vantagens de se ter canais próprios. Confira algumas abaixo.

1. Segurança

Em janeiro de 2021, veio a público o vazamento de dados pessoais de 223 milhões de brasileiros. Foram divulgados nomes completos, CPFs, datas de nascimento e outras informações pessoais. Os dados foram publicados por um criminoso em um fórum online dedicado à comercialização de bases de dados. 

Cadeado cinza sobre teclado de computador
Canais proprietários ajudam a assegurar a privacidade dos dados de membros e contribuintes. Foto: Reprodução/Freepik

Para que situações como essa não se repitam com os membros da sua igreja, é fundamental que o preenchimento da ficha de membros e o recebimento de doações seja feito por um meio capaz de assegurar a privacidade dos dados das pessoas. 

Com um site ou aplicativo, é possível oferecer essa segurança à membresia e aos doadores. A transação acontece em um ambiente criptografado, e o contribuinte ainda pode escolher sua forma de pagamento preferida (via cartão de crédito, Pix ou boleto bancário). Além de segurança, o membro ganha em praticidade, rapidez e conveniência.

2. Autonomia sobre a distribuição de conteúdo

Tornar a igreja proprietária de um espaço na rede é possibilitar total controle sobre a distribuição de conteúdo no ambiente digital, sem preocupações com barreiras de publicação. 

Um exemplo de barreira que pode afetar conteúdos dispostos em plataformas de outras empresas é o shadowban, uma forma de punição do Instagram em que a rede oculta perfis que utilizam hashtags que violam os seus termos de uso. Às vezes o conteúdo da postagem em nada fere os termos de uso do Instagram, mas só a inclusão da hashtag errada é o suficiente para a conta sofrer punição.

Outra mudança que impacta a comunicação por meio do Instagram foi a recente afirmação de Adam Mosseri, head da plataforma, de que “a rede não é mais um aplicativo para compartilhamento de fotos”. Com a crescente procura por entretenimento, o Instagram deixará de privilegiar conteúdos fotográficos e passará a priorizar conteúdos que geram mais engajamento, como os famosos Reels. 

Para as igrejas, depender do algoritmo de redes sociais para a entrega e visibilidade do conteúdo significa ajustar-se a formatos que, muitas vezes, não carregam a identidade e o jeito de se comunicar da congregação.

Com canais próprios, por outro lado, a igreja tem absoluto controle sobre o conteúdo gerado e a quem ele deve ser entregue, independente do formato utilizado. Desta forma, a preocupação com a adequação a algoritmos deixa de existir. Apenas um site – ou aplicativo – próprio pode oferecer essa garantia.

3. Não há distrações e disputa pela atenção do público

As redes sociais são vitrines recheadas de informações e entretenimento de diversos tipos. Quantas vezes, por exemplo, você já entrou no Facebook ou Instagram com um objetivo e acabou se distraindo com conteúdos aleatórios? 

Pessoa rolando o feed do Instagram
O Instagram é um exemplo de como as redes sociais podem distrair pelo excesso de informações. Foto: Reprodução/Pexels

Ter uma rede social como único meio de comunicação põe em risco a efetividade da comunicação da igreja, já que ela precisará disputar a atenção do público com uma série de outros perfis e criadores de conteúdo.

Mas, com um aplicativo próprio, o membro recebe conteúdos diretamente e de forma segmentada, em um espaço livre de ruídos e interferências que interrompam sua atenção. Desta forma, a igreja passa a ser mais intencional e relevante, comunicando-se com precisão.

4. Independência 

Em junho de 2021, várias marcas que trabalham com a plataforma mLabs, empresa de gerenciamento de redes sciais, tiveram seus posts, páginas comerciais da empresa, grupos do Facebook e perfis de fundadores e administradores apagados no Facebook e no Instagram, sem aviso prévio.

O Facebook afirmou que a autorização para agendamentos de postagem no Instagram não poderia ser feita pela MLabs. Segundo a rede social, o serviço dependeria do uso de uma API (integração entre sistemas) após análise prévia do aplicativo. A MLabs, em contrapartida, disse que não foi avisada sobre o problema. Ou seja, o desajuste entre as duas empresas afetou a comunicação de 330 mil contas de clientes. 

Quando a igreja passa a ter um canal proprietário como principal canal de comunicação ela deixa de ser refém de possíveis problemas que estão fora do seu controle. Se, por exemplo, uma rede social sair do ar, a igreja não está impedida de se comunicar.

5. Propriedade

Em 2018, o influenciador Hugo Gloss perdeu sua conta no Instagram por não atribuir créditos em fotos e uso indevido de imagens. Como sua base de usuários e principal canal de relacionamento estavam única e exclusivamente ligados ao perfil, ele perdeu não apenas a conta, mas também milhares de seguidores no Instagram.

Um canal proprietário permite que a igreja estabeleça uma relação direta com seus usuários, sem a necessidade de nenhum intermediador. Com isso, os usuários (mesmo os que não são membros da comunidade) do aplicativo realmente pertencem ao ministério, ao contrário do que ocorre nas redes sociais, nas quais os seguidores pertencem à plataforma – realidade semelhante ao que acontece com os contatos de uma lista de transmissão do WhatsApp.


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