Fazer uma boa transmissão ao vivo, hoje, é fundamental para que os membros não percam o engajamento com a igreja. Afinal nem todo mundo está apto a retornar aos cultos presenciais. Veja dicas simples de ferramentas que irão te ajudar a fazer uma live de qualidade.
Recebemos constantemente uma série de dúvidas sobre o processo de transmissão ao vivo. Como fazer? Quais equipamentos usar? Quais ferramentas adquirir? Em quais canais transmitir? Quantas pessoas envolver? E muitas outras. Então, nosso especialista em vídeo da inChurch, Igor Ferreira, reuniu as principais questões e nos ajudou a compilar os “hacks” fundamentais para você descomplicar as transmissões de culto em sua igreja, utilizando câmera ou webcam. Confira!
Etapa 1 – A captação
Esse é o ponto crucial para sua transmissão ao vivo. É aqui onde você define a qualidade do produto que você vai entregar para sua audiência. Preocupe em ter equipamentos que tenham boa capacidade de captar, processar e entregar áudio e vídeo na maior qualidade possível. Isso não quer dizer que você precise gastar muito dinheiro. Você pode começar com equipamentos mais básicos ou até usados, mas que irão te entregar alto desempenho.
Filmadora
Uma dica que te damos é, se sua verba estiver curta, procure equipamentos usados, mas de marcas consagradas. Bons exemplos são as câmeras Sony Z7 ou Sony Z5, que podem ser encontradas em revendas de usados a partir de R$ 2.000. Ah! Uma dica importante. Sempre que você for montar um Set up, pense em escolher câmeras da mesma marca para facilitar a configuração de cores.
Câmeras compactas
As câmeras compactas são bem conhecidas por serem híbridas. Pois além de tirar foto, fazem boas filmagens. Busque câmeras com saídas limpas, que são aquelas que não aparecem informações de bateria, modo da câmera na tela do visor, sabe? Esse tipo de câmera que vai servir para utilizar na sua igreja.
Uma dica de câmera compacta com saída HDMI é a Sony a6300 ou a Sony a6000, ambas entregam uma qualidade de imagem muito boa. Aqui na inChurch utilizamos a Sony a6500 para nossas transmissões online.
É muito comum as igrejas utilizarem a Cannon da Linha T, que você consegue ligar direto no USB 2.0 para transmitir o culto. Você pode encontrar uma certa dificuldade para fazer a transferência de dados, pois na troca de dados, entre o computador e a câmera, pode haver um delay. Mas segue lendo esse texto que mais a frente vou te mostrar como configurar isso no seu software de transmissão ao vivo.
As mesas são equipamentos que simplificam a operação e também o trabalho do seu computador, pois elas exigem menos recursos de processamento gráfico. Todo o trabalho de recepção do sinal das câmeras e transformação desses em um único sinal são processados por essas mesas. Os computadores reconhecem elas como uma Webcam.
A necessidade entre HDMI ou SDI interferem também na escolha das mesmas, por exemplo: a Atem mini é uma mesa somente com HDMI, a Studio 6 tem 2 entradas SDI e HDMI.
Essas são as duas opções para você receber o sinal de áudio e vídeo e transformar esses dados para a distribuição pela web. Qual escolher? A resposta é difícil, mas as mesas de corte oferecem um produto mais completo, integrando placa, corte para uso multi-camera, além de features de inserção de conteúdo no video, chromakey entre outros. Ela recebe, processa o sinal e apenas precisa de um computador ligado a internet para mandar o sinal.
Recomendamos a mesa NeoID, Studio 6, que oferece muitas possibilidades e um custo-benefício bem interessante. Além da NeoID, você pode ir atrás da ATEM Mini (R$ 5000), da BlackMagic, que é portátil e muito boa para utilizar com câmeras HDMI.
Se sua alternativa for usar placas de captura internas, você precisa se atentar as entradas. Há placas HDMI e SDI. Esta escolha interfere, também, na escolha dos equipamentos que mandarão os sinais de vídeo. Aqui, a grande diferença, é a distância de cabeamento que você terá. A HDMI é muito mais instável e você terá até 10 metros de distância entre câmera e placa.
Você pode, também, optar por placas externas que têm o mesmo objetivo. Placas da NeoID e BlackMagic são as mais seguras do mercado. Vale lembrar que você pode receber, por elas, audio e video. No caso do áudio somente embeeded, mas que de certa forma já facilita bastante.
Cabos e conversores
Dos ítens mais importantes para uma boa transmissão, cabos e conversores são fundamentais para que você tenha qualidade no sinal mandado até a sua placa de captura ou mesa de corte. Não economize aqui. Busque cabos de boa qualidade ou conversores de sinal HDMI – SDI da NeoID (R$ 500 a R$ 600) e BlackMagic (R$ 600 a R$ 1000).
Etapa 2 – Operação e Processamento das informações
Softwares de transmissão ao vivo
Começamos com o VMix, que é um software muito profissional, com muitas recursos para que você consiga fazer uma transmissão mais completa, principalmente com questões de arte e corte de câmeras. A segunda opção, é o OBS Studio, software gratuito em que você consegue tratar o sinal e enviar o conteúdo para Youtube, Facebook e outros canais. A terceira opção é o StreamYard, que é muito versátil para lives de entrevistas, com interações e apresentações.
Switcher de vídeo
Caso você opte por utilizar as placas de captura, ao invés de mesa, você vai precisar desse switcher. Separamos aqui, também, uma visão de switcher para você conseguir processar toda sua operação e conteúdo. Para você não passar aperto, tenha em mente que precisará, de no mínimo, uma placa-mãe Gigabyte B-150M, Processador Core i5 8400, Memória ddr4 16GB, SSD 240GB, HD 1Tb ou mais, Placa Gráfica GTX 1060 ou 1050ti e uma fonte de 600W.
Sugestão de Ilha de Edição
- Placa-mãe Gigabyte B-150M DH3 ou outra placa mãe superior que possua suporte ao seu processador e também possua duas entradas x16 (para a placa gráfica e para a placa de Captura de vídeo onboard)
- Processador Core i5 8400 ou superior
- Memória ddr4 16Gb
- SSD 240GB
- HD 1Tb ou mais
- Placa gráfica GTX 1060 ou 1050ti ou superior
- Fonte 600W
OBS: esta configuração é uma sugestão para utilizar em sua switcher com transmissão a 1080p
Etapa 3 – Distribuição na web para transmissão ao vivo
Outro item fundamental que você precisa adicionar ao seu plano de transmissão ao vivo é o sinal de web. Te convido agora a esquecer a propaganda das operadoras de internet que vendem um pacote de megabytes de download. O índice que buscaremos é o de upload e, também importante, é saber a garantia de taxa de entrega do serviço de sua operadora. Vale lembrar que, a maioria delas, não são obrigadas, por contrato, a entregar o que você compra. Fique de olho nisso.
“Recomendo que transmita com no mínimo 4mb, mas o ideal é possuir uma internet com no mínimo 10mb de entrega de upload. E recomendo também utilizar a taxa mais baixa para ter uma margem de segurança, caso a internet oscile. Calculando até 40% da velocidade para a utilização.” Indica Igor Ferreira.
Claro que essa taxa vai variar conforme a qualidade do vídeo que você quer transmitir e, também, as plataformas escolhidas.
Ainda ficou com dúvidas? Não deixe de assistir o vídeo na íntegra. Não deixe também de conhecer a Uninchurch (https://www.uninchurch.com.br/ ), que é a nossa plataforma de ensino, com conteúdos ricos sobre comunicação e gestão para igrejas. Inclusive, a II Semana de Comunicação e Tecnologia para igrejas está disponível lá de forma 100% gratuita. Clique e confira todo o conteúdo dessa semana incrível de muito conhecimento e insights para igrejas.
E se ainda assim o conteúdo não respondeu todas as suas dúvidas, envie um e-mail para relacionamento@inchurch.com.br e conte-nos tudo que você gostaria de saber mais! Assim vamos preparar conteúdos cada vez melhores para te ajudar a alcançar vidas!
