Gerir igrejas é um desafio diário para pastores, líderes e administradores. Por isso, implementar um sistema financeiro para igreja é fundamental. Lidar com finanças é um desafio encarado com zelo e responsabilidade, já que a congregação pertence ao Senhor. E Ele espera que sejamos bons mordomos do seu patrimônio. Isso vale para todos os aspectos que envolvem a administração de uma igreja.
O fato de serem organizações sem fins lucrativos não isenta as igrejas de gerir o dinheiro com muita disciplina e organização. Isso porque, além de os recursos com os quais lidam pertencerem ao Senhor, as igrejas não estão isentas de obrigações legais. Se alguma delas não for cumprida, como ficará o testemunho da congregação diante da sociedade? É o nome de Deus que está em jogo.
Gestão financeira é um assunto sério e que não pode ser negligenciado. Ao mesmo tempo, o tema é complexo e causa uma série de dúvidas, especialmente entre as igrejas que ainda estão estruturando o departamento de finanças. Por isso, vamos te guiar, ao longo das próximas linhas, pelo caminho que as igrejas precisam percorrer para serem capazes de administrar o dinheiro de forma sábia e eficiente.
Como ter uma gestão financeira mais eficiente?
1. Centralize os recebíveis e gastos
Para isso, é preciso abrir uma conta corrente com o CNPJ da igreja. Desta forma, além de centralizar os recebíveis e gastos em um só lugar, a igreja poderá se beneficiar de um pequeno rendimento através de juros. Vale lembrar ainda que a abertura de conta também é um passo fundamental para as igrejas que pretendem receber dízimos e ofertas via cartões de débito e crédito e boleto bancário. Confira os documentos necessários para a igreja abrir uma conta corrente no banco:
- Comprovante de inscrição e situação cadastral do CNPJ na Receita Federal;
- Documentos de identificação dos responsáveis financeiros da igreja (RG, CPF, CNH, etc);
- Estatuto;
- Comprovante de residência dos responsáveis financeiros da igreja;
- Ata de fundação e última ata registrada;
- Declaração de arrecadação média ou estimada assinada pelo contador responsável pela igreja.
2. Crie um plano de contas
Após a centralização dos recebíveis e gastos em uma conta bancária, a igreja deve se organizar minimamente para gerir o dinheiro. Isso significa criar um plano de contas. Trata-se de um documento que identifica as contas da organização por meio de códigos e classificações para todos os registros de entradas e saídas. De forma simplificada, o que a igreja precisa fazer é categorizar as despesas e receitas e definir centros de custo e recebimento. Imagine, por exemplo, que foram gastos R$ 100 para decorar o templo para um evento do ministério de jovens. Neste caso, o centro de custo no qual a despesa será lançada é “Juventude”. O mesmo vale para os centros de recebimento. Se a igreja tem uma campanha em curso para arrecadar fundos para a reforma da sala das crianças, as doações provenientes da campanha devem ser lançadas no centro de recebimento “Ministério Infantil”.
3. Determine um orçamento
A criação de um orçamento anual sólido é essencial para uma gestão financeira eficiente. Ele ajuda a garantir que os recursos de que a igreja precisa para cumprir sua missão e investir na expansão do Reino de Deus não serão consumidos por demandas diárias e gastos emergenciais. Sem um orçamento, por outro lado, até mesmo uma congregação com altos rendimentos pode ter problemas financeiros e “sustos” ao final do mês.
Para determinar um orçamento anual, liste os custos fixos da igreja e estime o volume de receita ao longo dos 12 meses do ano. Use períodos anteriores como referência, mas lembre-se de avaliar os objetivos da igreja para definir corte de gastos, revisar contratos de serviços e até mesmo estipular novos investimentos. Vale ressaltar também que o orçamento deve incluir todas as categorias cadastradas no plano de contas.
4. Obtenha um software de sistema financeiro para igreja
Por último, mas não menos importante, as igrejas que querem gerir suas finanças com eficácia devem adotar um sistema de gestão. Além de facilitarem o controle das receitas e despesas a partir de recursos como emissão de DRE (Demonstração de Resultado do Exercício) e emissão de relatório de fluxo de caixa, softwares permitem cruzar dados de forma inteligente, o que facilita o processo de tomada de decisão
Ao escolher um sistema de gestão financeira, recomenda-se que a igreja dê preferência a plataformas integradas aos próprios dispositivos de entrada (maquininha de cartão, totem de autoatendimento, site e aplicativo, por exemplo), como a plataforma inChurch. Desta forma, é possível concentrar todas as fontes de receita (dízimos, ofertas, pagamento de ingressos de eventos, entre outras) em um só lugar e otimizar a administração dos recursos, distribuindo-os conforme os centros de recebimento correspondentes.
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